Um tempo sem postar, dias de verão escaldante e de bastante trabalho.
Depois veio a chuva, trazendo uma temperatura um pouco mais amena e finalmente o projeto da Colcha de Retalhos saiu da gaveta.
Quem nos acompanha, viu a odisseia nos primeiros dias do ano, quando uma montanha de retalhos foi cortada em quadradinhos. De tecidos bagunçados, eles se transformaram em pilhas ordenadas!
No sábado, chegou a hora de juntar tudo, nasceram tiras coloridas, sem regra, intercalando tons, cores e estampas
Para quem adora tecidos foi tranquilo uni-los e acompanhar o crescimento desse projeto de patchwork. Até aqui, este foi o trabalho que mais se enquadra nos moldes do conceito de união de tecidos.
Só quaradinhos? Sim? Não?
Optei por intercalar com as listras de um colorido mais intenso.
Só tecido? Lógico que não.
Precisava acrescentar um bordadinho no último quadradinho da colcha, que de propósito, foi um tecido liso.
Feito isso, o topo da colcha estava finalizado. Ou seja, colcha pronta? Ainda não.
Foi preciso unir a parte inferior. Fiz um quilt reto, costura básica, na parte de cima e embaixo das listras coloridas. A intensão não era obter uma colcha estruturada, e sim, uma manta macia e aconchegante.
Para o acabamento nas laterais, viés colorido, seguindo o padrão das listras de união entre os quadrados de retalhos.
Foi gostoso acompanhar nas redes sociais a expectativa das pessoas pelo resultado final. Custou um pouquinho, porque o viés foi todo fechado a mão. Ontem a noite ela ficou pronta, abaixo a primeira foto dela finalizada. Claro que o feito, foi bem comemorado.
Porque uma colcha? Porque desafios são fascinantes.
Fazer uma colcha de retalhos dá trabalho. E consome tempo.
O tecido já estava previamente cortado, mas rendeu trabalho para sábado de tarde, Domingo, uma horinha de intervalo na segunda a tarde e todo viés fechado ainda na noite de segunda.
É impossível? Claro que não.
Até porque ninguém precisa fazer tão rápido. Esse jeito meio insano é meu, é do Atelier Caseiro, fiquem tranquilos. Dá para fazer aos poucos, e certamente em menos tempo do que se imagina, a colcha estará pronta.
Costurar viés a mão, é coisa de doido?! Um pouco, a mão fica dolorida, mas o acabamento é perfeito e gosto de um bom acabamento.
Vale a pena? Lógico que sim.
E o melhor de tudo, além da diversão, foi rever estampas e eternizar histórias do Atelier Caseiro. Por exemplo, o tecido rosa e o azul e branco da sequencia de fotos abaixo, estamparam roupinhas das minhas bonecas, lá na década de 80. Não precisa calcular o tempo, eu agradeço. ;)
Pac-man é um clássico da minha geração... E quantas horas construindo e desconstruindo castelinhos na areia, em outros verões, daqueles com três eternos meses de férias?!
Ah claro, o avesso, todos querem saber do avesso da colcha. Ele é a cereja do bolo!
Não fiz o clássico sanduíche manta e outro tecido. Simplesmente porque não quero uma colcha para cama, uma colcha para enfeitar e ser admirada de um jeito quase imaculado e intocável. Isso não faz meu estilo, nem caracteriza os produtos do Atelier Caseiro.
Quero usar, abraçar, afofar!
Tomar cafezinho depois do almoço no sofá e ter uma manta quentinha pra me enrolar no inverno...
Quero 'preguiçar' junto com a manta... Ler um livro na companhia dela.
Bordar com ela esquentando minhas pernas nos dias gelados do inverno gaúcho e já alerto que não me responsabilizo se o café depois do almoço emendar numa sesta pela tarde, será tudo culpa da colcha de retalhos. Tá eu empresto, se mais alguém quiser testar a gostosura colorida!
No verso usei um cobertor de microfibra, macio, bem macio e aveludado, super suave ao toque.
Na foto seguinte, o detalhe do viés colorido arrematando a colcha e os cantinhos mitrados nas pontas.
A sobrinha Fofoléti, fez o controle de qualidade e aprovou. E não, ela não estava dormindo, pura sem sem-vergonhice, de quebra ainda perguntou se o Cantinho da Fofoléti vai ter manta também? Muita calma nessa hora.
Com todo desafio cumprido, vem a realização, o orgulho, as encomendas, o aprendizado e uma dica para compartilhar com todos vocês:
Ontem quando estava costurando o viés da colcha percebi que depois de um tempo a agulha começou a escorregar entre os dedos, mesmo lavando bem as mãos e sem suar, esta sensação persistiu. Lembrei dos ginastas que usam pó para secar as mãos.
Acredite, o talco será seu melhor amigo nesse hora! Coloque levemente na ponta dos dedos que seguram a agulha e assopre o excesso. Você terá uma agulha firme e isso facilitará bastante o serviço. Repita sempre que achar necessário. O talco que utilizei é sem perfume.
Se alguém ficou animado para costurar uma colcha, depois, por favor, volte aqui para contar o resultado.
Beijo, ainda é verão, não dá pra ficar enrolada na colcha e tem muito trabalho agendado para esta semana. Até!